terça-feira, 25 de setembro de 2012

Brasil idoso


Quando sai uma pesquisa dizendo que a população brasileira está vivendo mais, não chega a ser nenhuma novidade. Dá para perceber, pelas notícias de jornais, revistas e na TV, que os jovens estão morrendo mais que os idosos. Neste caso, a violência é um triste aliado da nova realidade brasileira. No Brasil, hoje, o percentual de pessoas que chegaram aos 60 anos é de 8,6% da população. Se colocarmos uma projeção para o ano 2027 este índice poderá dobrar. Teremos por volta de 32 milhões de idosos, o que nos leva a sexta população do mundo nessa faixa etária.

Embora isso seja a nível nacional, aqui no Distrito federal já se percebe claramente um aumento nessa faixa etária. Segundo o IBGE, 7,7% dos moradores do DF já completaram 60 anos, o que representa quase 200 mil cidadãos(197.613, para ser mais exato!). Hoje, isso representa uma porcentagem menor que a média brasileira. Mas se levarmos em conta o ritmo de crescimento mais acelerado que em outros estados do país, em 2030 este mesmo indicador estará em 14,9%. Este número representa um desafio para o governo. O Distrito Federal precisa se preparar para os novos tempos que virão a seguir. Terá que ter políticas voltadas para ambos os lados - infância e adolescentes/idosos. Os investimentos devem ser remanejados para que as respostas sejam eficazes. E uma palavra que está muito em moda hoje em dia é: acessibilidade! Aqui no Distrito Federal temos que modernizar a frota de ônibus(não é maquiar!), construção de rampas alternativas a escadas, nossas calçadas estão precisando urgentemente de reparos, tanto no Plano Piloto quanto nas cidades do DF. 

Locais como o Setor Hoteleiro, que é frequentados por turistas e cidadãos locais, não contém espaço adequado para a circulação de pedestre. Os nossos hospitais também precisam passar por adaptações e modernização. O setor imobiliário não pode fechar os olhos para essa população, senão, perderá mercado, pois as moradias de hoje não estão adaptadas aos idosos. Os países desenvolvidos, que já convivem a mais tempo com o envelhecimento da população, são comuns casas, apartamentos e apart-hotéis que dispõem de recursos aptos as urgências típicas dos idosos. Os números estão aí para que todos possam ver. Não pode, agora, o governo dizer que não sabia. Precisa fazer fazer valer os impostos pagos pela população e fazer um planejamento para o futuro, que é hoje! Não se pode esperar que as portas sejam arrombadas antes de trancá-las.

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