Recentemente publiquei posts sobre os senadores que querem que a sociedade pague com os impostos as dívidas que fizeram, além das regalias dos deputados federais. Se ainda não leu aconselho dar uma lida. Mas voltando ao post atual. Passo aqui a copiar a "Opinião" - Correio Braziliense, pois é tudo o que eu queria dizer:
A fuga de Brasília é sempre justificada pela inadiável presença do senador ou deputado junto as suas bases eleitorais. E ainda sobra tempo para participar de missões especiais em encontros, seminários e eventos culturais no país e no exterior. Essa agenda repleta de viagens seria certamente menos extenuante se o custo da passagem, diárias e despesas de locomoção corresse por conta do próprio parlamentar. Nem de longe é o que ocorre. Estas despesas já tinham dado o que falar em 2008-2009, obrigando Câmara e Senado a regular a saída de verbas. Mas depois de dois anos bem comportados, as duas casas gastaram, de janeiro a setembro, R$ 20,5 milhões em passagens e locomoções de deputados e senadores, um aumento de 75% em relação a 2011. Trata-se de percentual que não guarda a mais remota relação com qualquer indicador oficial de inflação ou de expansão da economia do país.
A concessão de benesses polêmicas aos parlamentares tem sido, aliás, marcante na atual administração da Câmara. O aumento de R$ 60.000,00 para R$ 78.000,00 (30%, percentual igualmente descolado da inflação) da verba de gabinete de cada parlamentar, usada para pagar funcionários contratados sem concurso público, é um desses agrados feitos com o dinheiro do contribuinte. E há o esperto adiamento da votação pela câmara do projeto que extingue o inexplicável pagamento de 14º e 15º salários, já aprovado pelo Senado e por várias assembléia e câmaras de vereadores.
Sem qualquer preocupação de compensar a sociedade por tantos ataques o erário, o Congresso Nacional insiste em relaxar no cumprimento de seus papéis fundamentais para o funcionamento da democracia, como os de votar leis e o de fiscalizar a si mesmo e ao executivo. Com a desculpa do primeiro e do segundo turno das eleições municipais, o congresso desativou até mesmo a CPI do Cachoeira e os plenários das duas casas não planejam votar nada antes de 6 de novembro. Imunes e impunes, Suas excelências só temem uma coisa: Que o eleitor lhes negue a reeleição. É o que resta a fazer".
Fonte: Correio Braziliense - Opinião
Isto tem que acabar. Não é possível que tenha tanto dinheiro para ser usado como bem entende pelos deputados e senadores, enquanto o salário mínimo, quando vai receber algum aumento, é uma luta para que aumente poucos reais. Até quando o povo vai aguentar calado?
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