sábado, 1 de dezembro de 2012

Aids. Boas notícias



O relatório Mundial da Aids, divulgado em Genebra, e o Informe Epidemiológico, disponibilizado em Brasília pelo Ministro da Saúde, trazem boas notícias. O Brasil e o restante do mundo estão mais próximo de erradicar o HIV. Tanto em escala nacional quanto mundial, os números de novos casos caíram. As mortes pelo mal também desaceleraram e as pessoas com Aids vivem cada vez mais.A junção desses fatores deixa o planeta mais perto de erradicar o vírus da Aids.

 As boas novas vieram, contudo, acompanhadas de alertas. Para a tendência de controle ganhar força e crescer, será necessário ampliar o acesso a teste e dar mais atenção à população vulneráveis, como gestantes, crianças, profissionais do sexo e homens que fazem sexo com homens - o termo utilizado pela ONU tem uma definição diferente de homossexualidade. Enquanto os homens que fazem sexo com homens inclui bissexuais, garotos de programas, atores pornôs e heterossexuais que eventualmente se relacionam sexualmente com outros homens, o termo homossexual é uma definição de orientação sexual, ligada à afetividade.


Segundo o documento do Programa Conjunto das Nações Unidas para HIV/Aids(Unaids), 2011 foi o 5º ano seguido em que o número de mortes pela síndrome caiu. Cem mil pessoas a menos sucumbiram por problemas relacionados à Aids em comparação a 2010. Depois de se estabilizar, a quantidade de novas infecções também voltou a cair. Cerca de 2,5 milhões de pessoas adquiriram a doença em 2011, contra 2,6 milhões no ano anterior.
O número de indivíduos vivendo com o vírus da imunodeficiência humana vem aumentando ano a ano na última década. Cerca de 29,7 milhões de pessoas tinham Aids em 2001. No ano passado, esse percentual pulou para 34 milhões. O aumento é comemorado pelos especialistas. Como os novos casos se estabilizaram e lentamente começaram a cair, o aumento de pessoas com HIV se deve a uma melhora na condição de vida de quem tem a doença. Os soropositivos estão vivendo mais, e ter Aids deixou de ser sinônimo de morte.


Os resultados já fazem o órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) sonhar com o fim da doença. O ritmo  do progresso é acelerado, o que costumava levar uma década agora está sendo alcançado em 24 meses. O ritmo do progresso é acelerado, o que costumava levar uma década agora está sendo alcançado em 24 meses.

Os objetivos foram sacramentados na Reunião de Alto Nível sobre HIV/Aids realizada em junho do ano passado, na sede da ONU em nova York (EUA). No documento gerado no encontro, os países se comprometeram a controlar as doenças nos próprios cinco anos. Para tal, será necessário zerar as contaminações, acabar com o preconceito e com as mortes em função da Aids. Difícil missão.
Embora se trate de uma epidemia global, os desafios das nações são bastante diferentes. A Europa Oriental e os países da Ásia Central precisam ampliar o acesso de seus cidadãos ao tratamento. Por lá, apenas 25% dos soropositivos tem acesso à remédios, número que contrasta com o acesso cada vez maior nas regiões pobres, como a África Subsaariana e a América Latina, onde o tratamento está disponível para 56% e 68% dos infectados, respectivamente. Em outras regiões do globo como a África, o desafio é combater o preconceito e diminuir os novos casos.

Sobre o Brasil, o relatório da Unaids ressalta o sucesso da política de popularização do tratamento e as estratégias para enfrentamento da tuberculose, mal associado à Aids. A capacidade de o pais em auto-financiar as estratégias de controle do vírus também foi ressaltadas entre as mais positivas do planeta. Por outro lado, o relatório inclui o Brasil nos grupos de países que vão mal principalmente em quesitos relacionados à universalização da testagem, uma das estratégias essenciais para controle do mal desde que pesquisas mostraram que, quando um paciente recebe tratamento, ele tem 97% menos chances de transmitir a doença mesmo quando não faz sexo seguro.



Boas e más políticas
Veja onde o brasil vai bem e vai mal no combate ao HIV:

Mais de 76% 

  •  soropositivos com tuberculose que recebem o tratamento
  • Capacidade de financiamento próprio das ações anti-HIV
De 50 a 74%
  • Uso de camisinhas de homens que fazem sexo com homens
  • Pacientes que precisam de tratamento e tem acesso à ele
  • Pacientes com tuberculose que também são testado para HIV
De 25% a 50%
  • Programas de prevenção voltados para homens que fazem sexo com homens
  • Programas de prevenção voltados para profissionais do sexo
  • Uso de camisinha entre usuário de drogas injetáveis
Menos de 25%
  • Testagem de homens que fazem sexo com homens
  • Testagem de usuários de drogas injetáveis
  • Diminuição das mortes por HIV

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