segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Emergência com animais. Você sabe o que fazer?



Você tem cachorro ou qualquer outro animal doméstico em casa? Geralmente, a resposta a esta pergunta é sim. Cães e gatos são os mais comuns. Ter um animal doméstico, as vezes, faz a pessoa se sentir bem, combatendo a solidão, streese, entre outros sintomas. Mas a questão aqui é outra. Você sabe o que fazer quando seu animal sofre um acidente ou simplesmente o animal começa a passar mal?
Ninguém deseja passar por isso, mas acontece com mais frequência do que imaginamos. Pode ser uma briga com outros animais, ser picado por animais peçonhentos ou até uma intoxicação. No momento de ajudar os minutos são preciosos e os procedimentos caseiros nem sempre são os mais indicados. Os veterinários são unânimes em afirmar que a melhor medida no momento do susto é sempre levar o animal a uma emergência. Algumas medidas imediatas podem ajudar no caso de um acidente, como imobilizar uma fratura ou estancar o sangramento de um corte.


Mas isso não descarta a necessidade de uma avaliação de um médico veterinário.No caso de intoxicação, é muito comum dar leite ao animal no intuito de ajudar, mas, ao contrário, ele pode potencializar a toxina ingerida. Um dos maiores responsáveis por intoxicação de animais domésticos é o chumbinho, conhecido remédio para matar ratos. Nesse caso, como a concentração do veneno é muito alta, é muito difícil salvar o animal que o ingere. Entre os principais casos de emergência estão as mordidas, resultados de brigas com outros cães, e os atropelamentos. No período da seca, também é comum cachorros apresentarem quadros de desidratação. Isso porque o animal tem dificuldade de perder calor e muitas pessoas expõem os bichos ao sol, praticam esporte ou até mesmo os deixam trancados no carro fechado por "só alguns minutinhos" enquanto vão ao supermercado.

Outros sinais para correr para uma clínica veterinária em busca de ajuda são: diarreia e vômitos, com presença de sangue, e a clássica asfixia. A asfixia pode ser por um osso dado na hora do almoço ou com os pequenos brinquedos comprados para as brincadeiras diárias. Casos comuns e preocupantes. No momento do socorro é bom que seja cuidadoso. O animal pode estar sentindo dor e pode te morder. Então, proteja-se e  tente amordaçá-lo. O animal assutado entra em desespero e pode não reconhecer o dono. Ter o telefone de um médico veterinário em mãos e o endereço de uma emergência também é indispensável. É importante saber que cada tipo de problema tem a maneira mais indicada para ser tratado. Vamos a elas:

Antes de chegar ao hospital o que fazer para ajudar?
* Convulsões - Os animais, do mesmo modo que as pessoas podem ser epiléticos ou ter convulsão motivado por alguma doença. Diferente das pessoas, você não precisa se preocupar em não deixar a língua enrolar, pois isso não acontece, e se acontecer, não causará sufocamento. Concentre-se mais em evitar escoriações. Coloque o animal em cima de um tapete ou um colchão e faça carinho nele. Convulsões epiléticas duram alguns minutos e passam, mas podem ser frequente. Se for a primeira vez, vá ao seu veterinário de confiança. Se seu animal já estiver em tratamento, siga as orientações médicas.

* Choques elétricos e desmaios - Massageie o tórax. Se a respiração estivar muito fraca, abra a boca do animal e vá dando umas puxadas na língua. Faça isso dentro do carro, a caminho da clínica. Não perca tempo!


* Picada de inseto - Se o seu animal aparecer com as pálpebras, focinho e boca inchados, ele pode ter sido picado por maribondos ou formigas e vai precisar de tomar injeção de antialérgico urgente. Procure uma clínica o mais rápido possível.


* Queimaduras - Água gelada ou compressa com gelo são indicados para esse tipo de acidente. Não deixe que seu animal fique perto do fogão - igual fazemos com as crianças.


* Engoliu um objeto - Moedas, bolinhas de borrachas, bolinhas de gude, agulhas, linha de costura, etc. Calma, nem tudo está perdido e normalmente isso acaba bem. Por incrível que pareça, a pior coisa que um animal pode engolir destas todas citadas acima é a linha, que faz um estrago muito pior do que a agulha. Se você tiver em casa óleo mineral, pode dar algumas colheradas. Se não tiver, um azeite mesmo, que também lubrifica o gastrintestinal. Não precisa mas vou dizer: procure um veterinário o quanto antes!

* Atropelamento - Isso pode variar de apenas alguns arranhões a sérias fraturas e hemorragias. O importante é dizer que você deve colocar primeiro uma focinheira no animal atropelado. A dor pode levar o animal a morder. Depois, para evitar movimentos bruscos, abra uma coberta, lençol, ou uma toalha no chão, coloque o animal em cima dela e, com todo o cuidado, duas pessoas devem segurar a coberta ou o que for, improvisando uma maca. Daí é direto para a clínica. Mesmo traumas aparentemente leves devem ser examinados e medicados, pois alguns problemas como edemas e hemorragia interna podem demorar a dar sinais.


* Vômito e Diarreia - Um vômito eventual não é preocupante. O problema são vômitos frequentes e sucessivos. Diarreia idem. Aqui vale o estado geral, se o animal está aparentemente bem, forte e com a face normal, apenas retire a água e o alimento de perto dele. Esqueça o soro em animais que estão vomitando, pois só vai ocasionar mais vômito. O melhor é o jejum total por algumas horas. Se além de vomitar o bichinho está tremendo e salivando, não perca um minuto e corra a um veterinário, seu cão ou gato pode estar intoxicado.


* Dores agudas - Quedas ou escorregões no meio da brincadeira as vezes acabam em fraturas ou torções doloridas. Nem pense em anti-inflamatório de uso humano por conta própria senão, além da dor atual, você vai ter de tratar uma gastroenterite medicamentosa e perigosa. Os anti-inflamatórios são preferencialmente injetáveis nos casos agudos, pois agem mais rápido e não passam pelo estômago. Tente carregar seu "paciente" movimentando-o o mínimo possível e se a dor não passar em alguns minutos, procure um veterinário.


* Picada de cobra - Se você mora ou frequenta sítios e fazendas deve ficar atento para um acidente que não é raro de acontecer em animais domésticos. Os cachorros são animais curiosos e gostam de farejar e caçar. Geralmente os cães são picados na região do fucinho e pescoço, na maioria dos casos. 90% dos ataques são de jararaca. A picada da cobra é bastante dolorosa. Os sintomas são o inchaço evidente e muito rápido. O veneno causa hemorragia e é comum encontrarmos equimoses(manchas de sangue) na pele ou interior da boca do cão. Pode ocorrer também grandes áreas de necrose(morte do tecido) em regiões próximas à picadas. No caso de cascavéis e corais o veneno causa sinais neurológicos como incoordenação e visão turva. Pode aparecer sangue na urina de animais picados por cobras. 


Mantenha a calma e procure imediatamente uma clínica veterinária. O cão deve ser atendido prontamente e aplicado o soro num prazo de 6 a 8 horas, além de tratamento de suporte, com o uso de anti-inflamatórios para conter o inchaço e a dor, antibióticos para evitar infecções, e anti-hemorrágicos. O soro antiofídico para animais NÃO é o mesmo que aquele usado em pessoas. Em caso de acidentes graves o cão deve ficar internado, recebendo soro para "diluir" o veneno. Nunca faça torniquete para evitar que o veneno se espalhe. Tanto em animais como no homem, no caso de picada nos membros, se o veneno permanecer concentrado no local, poderá causar gangrena. A chance de sobreviver a uma picada de cobra é grande, desde que a vítima seja atendida a tempo. Para maiores informações sobre soro antiofídico para animais acesse: www.vencofarma.com.br.


* Picada de aranha marrom - Logo após a picada o animal apresenta poucos sinais manifestando dor no local e cerca de 12 horas depois sintomas mais severos podem surgir. Estes incluem inchaço e vermelhidão local, febre, a urina pode adquirir coloração escura("urina coca-cola") e, muitas vezes, pode haver comprometimento renal. Evite movimentar muito o animal e, se possível, aplicar compressas frias no local até chegar ao veterinário.


* Picada de aranha armadeira - Geralmente são agressivas e realizam ataques saltando nas vítimas. O veneno age rápido após a picada e, dependendo do tamanho do animal, pode levar ao óbito em poucas horas. A ação do veneno é na sua maioria no sistema nervoso central causando vômitos, dificuldade respiratória(animal ofegante e com dificuldade de inspirar), dor no local da picada e em todo o corpo. O período de maior agressividade da armadeira é entre março e abril que corresponde ao acasalamento. As recomendações no atendimento são as mesmas da aranha marrom, sendo que nesse caso a procura por atendimento veterinário imediato é fundamental na sobrevivência do animal.

* Espinho de ouriço - Seu cão já mordeu um? existem várias espécies de ouriço espalhadas pelo mundo. Tem hábitos noturnos, é um mamífero coberto de inúmeros espinhos, vivem em florestas e montanhas e alimenta-se de insetos, pequenas aves, vermes, cobras venenosas, e pequenos mamíferos. Não é um animal agressivo para os cães, mas sentindo-se ameaçado, ele encolhe a cabeça e pés, e seu corpo se transforma em uma bola de espinho. 

Os cães, desavisados, perseguem e tentam abocanhar o ouriço. Quem sairá perdendo? Nem é preciso dizer... Os espinhos de ouriços medem entre 2 a 7 centímetros de comprimento e atravessam facilmente a pele dos animais. Geralmente atingem em cheio a boca, mas podem atingir patas e o corpo do cachorro. O ouriço não possui qualquer espécie de veneno, para sorte de seus adversários. Mas a dor causada já desestimula seus adversários. Uma vez atingidos leve a um veterinário pois, geralmente, é preciso sedar o cão para a retirada dos espinhos sem causar dor intensa ao animal.

Caso não tenha um veterinário por perto os espinhos podem ser retirado com um alicate com um firme e forte puxão. Um sangramento considerável pode ocorrer após a remoção dos espinhos, mas ele cessará em alguns minutos. A área afetada deve ser limpa com um antissépticos. Pode ser necessário o uso de antibióticos e anti-inflamatório. Por isso é indicado que se procure um veterinário caso o cão esteja com inúmeros espinhos na boca( tanto externo como dentro da boca). O cão poderá reagir por causa da dor e morder que estiver por perto. Veja como fica alguns cães:





 O bicho é pequeno mas o estrago é grande!




Até o próximo!
                                                                                                          

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