quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Combate à dengue no rumo certo

Balanço epidemiológico divulgado ontem pelo Ministério da Saúde revela que as campanhas de combate à dengue desenvolvidas nos últimos anos começam a dar resultados. Este ano o número de casos graves da doença caiu 64% em comparação com 2011. Em relação a 2010, o avanço é ainda mais expressivo: menos 78%. Mais: a doença tinha matado 687 brasileiros em 2010, número que caiu para 247 este ano, com redução de 63%. Em comparação com o ano passado (481 casos), a queda foi de 49%.

Os dados do Ministério da Saúde mostram que apenas no estado de Alagoas, Mato Grosso e Goiás não avanço no combate a proliferação do mosquito transmissor. (Aedes aegypti) e na ocorrência de casos graves notificados da dengue. Nas demais 24 unidades da Federação, a maioria dos resultados podem ser comemorados. Em relação a 2011, foram campeões nas reduções de casos graves o Amazonas, com redução de 96%, seguido pelo Acre (94%), Paraná (93%) e São Paulo (83%). No Distrito Federal, que historicamente não tem registros expressivos, os 43 casos graves de 2010 foram reduzidos para apenas 3 este ano ( até novembro). E não houve óbitos pela doença nos dois últimos anos.

 A situação da região Centro-Oeste ficou prejudicada este ano pelo mau desempenho de Goiás. Em 2011, o estado tinha conseguido reduzir em 77% os casos, em comparação com as notificações de 2010. Mas em 2012, este desempenho sofreu uma reversão, passando de 406 casos em 2011, para 568 agora. Os óbitos somaram 28 desde de janeiro, uma a mais do que os do ano passado. Com isso, e o mau desempenho de Mato Grosso, apenas o Centro-Oeste apresentou crescimento (44%) de casos graves de morte (40%).
 No Nordeste, nem mesmo os resultados negativos de Alagoas impediram a região de registrar avança no combate à dengue, com redução de 62% dos casos graves e dos 28% dos óbitos. O Norte reduziu em 74% os casos graves e em 72% os óbitos. Normalmente pouco infestado pelo transmissor, o Sul teve queda de 16% nos casos graves e de 93% nas mortes.


Mas o resultado regional mais expressivo foi o do Sudeste, justamente a região que oferece as condições mais favoráveis para a reprodução do Aedes aegypti, especialmente nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Em 2010 foram 8.243 casos graves, com 291 mortes. Esses números baixaram para 1454 casos e 67 óbitos este ano, representando queda de 82% e 77%, em relação a 2010, e de 77% e 70%, respectivamente, em relação a 2011. Minas deu contribuição importante: este ano, os casos graves caíram 67% e os óbitos, 44%.

São números que conduzem a pelo menos duas conclusões. A primeira: as campanhas vão no rumo certo. A segunda: só ha motivos para manter todo mundo mobilizado, evitando diariamente facilitar a proliferação e a vida do mosquito, seja cuidando do lixo, seja evitando águas empoçadas.









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