sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Transportes de crianças no carro. O jeito certo para cada idade


No Brasil, após dois anos da entrada em vigor da chamada Lei da Cadeirinha, um balanço mostra que a norma reduziu o número de vítimas infantis em acidente, contudo a lei ainda precisa ser aperfeiçoada para suprir brechas claras na legislação. Segundo especialistas, a exigência que é feita nos veículos domésticos, não se estende, por exemplo, aos transportes escolares. Dados do Ministério da Saúde revelaram que o uso obrigatório do dispositivo levou à redução em 23% no número de mortes de crianças com até 10 anos de idade, no primeiro ano de aplicação da Resolução nº 277 do Conselho Nacional de Trânsito.


 Pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada(Ipea) revela que a Lei Da Cadeirinha, até aqui, deve ser considerada positiva. O número de mortes passou de 296 entre 2009 e 2010, para 227, entre 2010 e 2011. Apesar dessa diminuição, ainda acho um número muito alto de mortes. Principalmente se olharmos que esse números são crianças que tiveram suas vidas ceifadas por alguma irresponsabilidade dos adultos. Não adianta colocar a cadeirinha no carro e dirigir feito um louco no trânsito. No início dessa lei houve uma correria às lojas e as cadeirinhas sumiram do mercado. As pessoas compravam mais pelo medo da multa do que pela conscientização. A falta de um procedimento padrão de fiscalização fez com que  houvesse um regresso na utilização do equipamento de segurança.

 A resolução tem muitos dados vinculados à idade e peso e fica difícil para um agente de trânsito avaliar isso. Outro ponto falho na Lei da Cadeirinha é o fato do dispositivo não ser obrigatório nas vans escolares. São brechas que só dificultam o entendimento e aplicação de multas. Além disso, também não é obrigatório o uso em transporte coletivo, nos táxis e carros alugados. Apesar disso, a redução no número de mortes ao longo do primeiro ano está relacionada ao envolvimento dos pais. A adesão foi espontânea por quem se preocupa com a segurança dos pequenos passageiros.

Muitos pais estão levando a cadeirinha na hora de comprar ou trocar o carro para que seja feito um test drive. Muitos consumidores reclamam dos carros populares por não terem espaço suficiente para levar a cadeirinha confortavelmente. Apesar disso, segundo informações do Detran - DF, a quantidade de pais que conduzem os filhos sem o equipamento de segurança ainda é alta. De janeiro a junho de 2012 foram registradas 522 infrações relativas ao transporte irregular de crianças.

E as desculpas são, na maioria das vezes, preguiça em colocar a criança na cadeirinha ou considera desnecessário o uso do equipamento por estar fazendo um trajeto curto. Mas quantas crianças/adultos já não morreram em um trajeto curto, como por exemplo, indo a padaria perto de casa.... Acidentes acontecem a qualquer hora. Ou será que tem gente que imagina que acidentes só acontecem em viagens? Estes, com certeza, não acompanham os noticiários, seja através dos jornais ou TV. Se você tem filho pequeno e não usa a cadeirinha está desrespeitando, não só a regra de trânsito, mas também a vida do seu filho. Pense nisso.
Quais são os cuidados necessários:


Crianças de até 1 ano ou 13Kg - Torna-se obrigatório o uso de dispositivo de retenção denominado bebê conforto ou conversível. O acessório deve ficar voltado para o vidro traseiro.






De 1 a 4 anos ou de 9 a 18 kg - A cadeirinha tem que ser instalada no banco traseiro e virada para o banco da frente. Além disso, caso tenha um bebê, faça como na foto.









De 4 a 7 anos ou de 15 a 36kg - As crianças devem estar no banco de trás em um assento de elevação. Elas precisam usar o cinto de segurança de três pontos do carro.









A partir de 7 anos e meio ou acima de 36kg e altura mínima de 1,45m - Meninos e meninas deverão utilizar o cinto de segurança do veículo. Pelo menos até os 10 anos, as crianças devem ser transportadas no banco traseiro.









Selo do Inmetro obrigatório - É obrigatório que as cadeirinhas comercializada no Brasil tenha este selo de segurança. Utilize apenas produtos com este selo, ou com certificação europeia ou americana. É importante não reutilizar cadeirinhas que já estiveram envolvidas em acidentes. Lembre sempre: é a vida do seu filho que está em jogo. Faça a coisa certa e evite problemas com a fiscalização.



Caso tenha o mesmo problema da fisioterapeuta Ana Paula Gandolfi, que costumava viajar no banco de trás com as crianças(quadrigêmeos) com dois bebês no colo e outros dois em bebês conforto, o que fazer: Para evitar multa pelo transporte das crianças fora das cadeirinhas, ela e o marido saem em dois carros, cada qual levando dois bebês nas cadeirinhas. Caso isso não seja possível... Bem, aí, sinceramente, é bom repensar a viagem. Aconselho irem de ônibus ou avião. 


É comum os termos dessa lei serem interpretados de maneira errada, fazendo uma relação entre altura e o peso  dos filhos e o uso das cadeirinhas e os booster. Na verdade esta é uma medida que visa o conforto da criança, e cada fabricante tem as suas especificações. A lei não prevê peso e tamanho da criança, apenas considera a idade.

Portanto na hora de viajar com as crianças no fim de semana, fique atento ao dispositivo de segurança adequado à idade dela e tome todos os cuidados para que todos tenham uma viagem divertida e segura. 

OBS - Como disse acima, caso a sua família tenha três ou mais crianças pequenas, as viagens de agora em diante terão que ser adaptadas ao tipo de carro que a família possui. Muitos carros não tem espaço para três cadeirinhas no banco de trás. Verifique o tamanho de cada uma delas e faça as adaptações Se for para viajar todos amontoados, melhor repensar a viagem ou trocar o carro por um de maior tamanho. Se não existe a possibilidade de troca terão que adaptar as viagens de acordo com as condições do veículo ou da família. 

Para fazer uma viagem tranquila leia mais informações aqui:

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