quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Acidentes de trânsito: não seja a próxima vítima




É lamentável! As notícias sobre tragédias no trânsito são tão frequentes que correm o risco de se banalizar. No entanto, apesar das estatísticas alarmantes fartamente divulgadas e comentadas, não se observam melhoras. Ao contrário. Aumentam o registro de mortes e acidentes no asfalto.

O mais recente vem do Ministério da Saúde. Em média, cinco crianças com até 14 anos perdem a vida diariamente  nas vias do país. Acidentes de trânsito responderam por 12%  de mais de 120 mil hospitalizações de meninos e meninas em 2010. Mais: atropelamento são as principais causas de óbitos nessa faixa etária - 38% do total segundo dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM). Seguem-no afogamento e agressão.

Cinco unidades da federação estão no pódio que envergonha as consciências do mundo. De acordo com a ONG Criança segura, em 2010, Sergipe ficou em primeiro lugar, com 2,88 atropelamentos por 100 mil habitantes menores de 15 anos. Em segundo, figura Tocantins (2,76). A seguir, Goiás (2,50) e Santa Catarina (2,28). O Distrito federal ocupa a oitava posição (2,14).
A população adulta não goza de melhor sorte. Por ano, o asfalto faz mais de 41 mil vítimas no país. A cifra põe o Brasil no vexatório quinto lugar entre os Estados recordistas em mortes nas vias. No Distrito Federal os números não são mais confortáveis. Em 2011, 465 brasilienses saíram de casa. Mas contrariando a ordem natural das coisa, o trânsito não os deixou voltar. Entre eles, 25 tinham até 17 anos, dos quais nove não chegaram aos 10.

Vem em boa hora, pois, a campanha Paradinha, do Ministério das Cidades. Parte do pacto nacional Pela redução de Acidentes, assinado pela presidente Dilma Roussef no mês de setembro, a iniciativa visa a alertar para os riscos que rondam as crianças. Naturalmente frágeis, inconsequentes e sem noção do perigo, pedestres e passageiros infantis ficam mais expostos à barbárie que os adultos.

Dada a gravidade do quadro, impõe-se medidas abrangentes capazes de devolver a civilidade ao trânsito. Além de fiscalização implacável e punições rigorosas, há que educar a população. Adultos e crianças precisam manter o sinal vermelho acesso sempre que  saem de casa. Descuidos, como atestam as estatísticas, são fatais. Não só. A melhora do transporte público retira veículos particulares das ruas. Metrôs, ônibus e vans levam e trazem mais passageiros com mais segurança. É hora de privilegiar a vida da população em vez de privilegiar os carros.
                                                                                                 

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