terça-feira, 27 de novembro de 2012

Você está endividado?



Você está endividado? Difícil ouvir uma resposta negativa para esta pergunta. Para muitos, o salário não passa um dia sequer na sua conta e já bate asas em direção ao próprio banco ou para as dívidas acumuladas ao longo do mês, talvez anos! Mas porque tem que ser assim? Porque não mudar? Será tão difícil assim? Eu também já estive do outro lado, dos devedores, e sei muito bem o que é não ter dinheiro para comprar um simples sorvete sem ter que "pegar emprestado". O empréstimo...ah! O empréstimo!


Essa praga parece que sempre esteve ao nosso lado, mas não é verdade. Talvez, um dia, que você nem recorde mais, teve um imprevisto e teve que passar no seu banco, meio envergonhado, e conversado com seu gerente... Pronto! Você foi fisgado! Sim, fisgado. O banco nada mais é que um comerciante, louco para vender seus produtos, e claro, não iria perder a chance de lhe oferecer certas vantagens que, a seu ver, naquela hora, seria o mais correto fazer: pegar uma parcela de dinheiro e poder passar tranquilo o restante do mês. E aí começou a sua aventura atrás daquela bola de neve que começou a rolar quando você assinou aquele empréstimo bancário. No próximo mês começará  a pagar todas as suas dívidas... mais aquela que combinou com o banco. Mas os bancos são espertos. As vezes, o prazo é esticado para alguns meses depois, que para os endividados não vão chegar nunca ou, se chegar, "eu já terei condições de arcar com essa dívida"... não é assim que geralmente pensam os endividados? 

Claro que sim! E aí, o tempo passa, o prazo acaba e chega a hora de iniciar o pagamento daquelas prestações... e você parece que não se programou para pagar e se vê "apertado" a ponto de deixar uma ou algumas prestações atrasarem e esse é um erro comum a muitas pessoas e talvez a você que estar a ler este post. Verdade? Se respondeu sim, saiba que isso tudo tem solução. Mas o que devo fazer para sair dessa situação insuportável de ver todos os meses meu salário corroído por dívidas e empréstimos? A resposta é mais simples do que possa parecer. Conhecer mais sobre você mesmo. É isso mesmo!! As vezes fazemos coisas que depois nos arrependemos e fica a pergunta martelando na nossa cabeça: Porque fiz isso? As atitudes tomadas por impulso nos consome boa parte de nosso salário mensalmente. Está na hora de mudar. 


Mas como? A primeira coisa a fazer, e ninguém faz, não sei porque, mas que é fundamental para que você possa conhecer melhor você mesmo - olha aí a resposta do que disse acima - é anotar em um caderno ou em uma folha de papel todos os seus gastos (água, luz, telefone, gás, compras do mês, mensalidade escolar, empréstimos, cartões de crédito), enfim, faça um apanhado das suas dívidas e coloque elas no papel. Agora olhe bem para a lista e veja onde poderá cortar gastos e qual das dívidas te incomoda mais e que você quer liquidá-la primeiro. Geralmente, a primeira coisa que alguém com dívida diz é que não consigo mudar nada aqui, não tem jeito. Parece querer dizer que a culpa não é dele, que todos tem dívidas e é normal que eu tenha também. E eu lhe respondo, com toda a certeza do mundo: não, não é normal ter dívidas, que avançam sobre o seu salário a ponto de não te dar uma oportunidade de fechar o mês com um dinheiro sobrando na conta. Mas não vamos falar em sobras no fim do mês se ainda não apagamos o "fogo das dívidas". Ok! Você fez a lista. Agora olhe bem para ela e veja onde pode cortar gastos. Seja honesto consigo mesmo. Não fuja da realidade, pois aí, tudo será mais difícil. 

Dicas minha: Repare no gasto com as compras do mês: será que não é possível cortar nada do que eu compra para minha casa? Será que não estou comprando coisas a mais ou que talvez eu nem estou precisando no momento? Você, antes de sair para o mercado, confere o que tem no seu armário para não comprar e fazer estoque sem necessidade? Talvez um pacote de arroz, um de feijão, outro de açúcar, entre outros, estão lá esperando que você dê uma verificada antes que vá ao mercado. Repare que só no que eu disse já foi, no mínimo, R$ 20,00 que você não precisaria gastar. Imagine em uma lista onde o carrinho venha cheio!! A economia pode passar tranquilamente de R$ 100,00. 

Geralmente, o endividado tende a achar que R$ 100,00 não é muita coisa, mas pense em outras economias que estão escondidas em nossas atitudes, mas que nem pensamos e que você pode fazer em casa: falar menos ao telefone, desligar a lâmpada onde não tenha ninguém, reduzir o tempo do banho - muitas vezes cantando no chuveiro, o grande vilão da casa -, retirar da tomada os aparelhos eletrodomésticos - TV, rádio, forno de microondas, máquinas de lavar, entre outros -, aquela lâmpada acesa lá fora todas as noites... meu Deus, como isso interfere na conta de energia, principalmente se for daquelas incandescentes, que muitos ainda insistem em usar na casa toda porque, com pouco mais de R$ 10,00, compra -se lâmpadas para a casa toda. Mas essa é a chamada economia burra, pois o que se gasta de energia em um mês é um absurdo!! O simples ato de trocar as lâmpadas por outras chamadas de econômicas (fluorescentes) pode fazer cair a conta de luz no mês seguinte. Enfim, a economia está onde a gente nem imagina. Muitas pessoas acham que só se consegue as coisa se endividando. Puro engano! Falo isso com conhecimento de causa porque já pensei assim. Foram 7 anos vivendo em dívidas que parecia não ter fim. Até que resolvemos (eu e minha esposa) dar um basta nisso. Colocamos as contas no papel e só então vimos os excessos que cometíamos em vários locais: compras, telefone, banho, etc... Começamos, então, a fazer um depósito de dinheiro - pouca coisa - por mês, como se aquilo fosse mais uma dívida que estávamos pagando. 



Em pouco tempo as coisa começaram a mudar e vimos como podemos ficar tanto tempo sem perceber o erro que cometíamos ao gastar nosso dinheiro. Muitas pessoas começam a criticar suas atitudes porque elas também estão endividadas e ver que você está mudando de lado causa um certo incômodo, e aí, começam a dizer que " você está "murrinha", "você não era assim" e coisas do tipo. Uma das primeiras coisa que fizemos foi acabar com o cartão de crédito. Se quiser sair das dívidas abandone este hábito, pelo menos até se equilibrar novamente. Hoje, eu tenho cartão de crédito e sei usar o cartão sem me endividar. A gente aprende a consumir de forma consciente e depois que aprende não consegue mais voltar aos errados hábitos antigos. Mas tudo isso começa com um simples ato: coloque suas contas no papel e comece a olhar para ela e tente cortar algumas coisas desta lista. Depois, parta para a quitação dos empréstimos e nem pense em fazer outros. Minha última dica: some o seu rendimento com o da sua esposa. Agora, some as dívidas. Faça a conta e veja onde podem mudar para que o orçamento dê para pagar. Não fique repartindo contas entre vocês: essa prestação é sua, esta é minha. Isso nunca dá certo. Vocês são um casal e vivem juntos. Nada mais natural do que juntar o dinheiro como sendo um só e abater as contas. Garanto que não dará certo, caso não faça assim. Uma conversa entre vocês dois pode ser o início da solução daquelas dívidas intermináveis. Viva de acordo com o que você pode pagar. Não importa o quanto você ganha por mês, e sim, o quanto você gasta por mês! Garanto que a vida é muito melhor sem dívidas. Venha para o lado de cá você também.

Os 10 mandamentos para não se endividar

  1. Fazer o diagnóstico financeiro anualmente.
  2. Ter no mínimo três sonhos (curto, médio e longo prazos).
  3. Elaborar um Orçamento Financeiro Mensal.
  4. Poupar mensalmente parte do que ganha para os sonhos.
  5. Gastar menos do que ganha.
  6. Ter limites do cartão de crédito inferiores a seus rendimentos.
  7. Não usar cheque especial, se possível não ter.
  8. Manter reservas para situações emergenciais.
  9. Distinguir o que é essencial do supérfluo.
  10. Comprar sempre a vista e com desconto.

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